Dou por mim a pensar que os dias felizes são os que tornam a saudade fácil. Quando alcançamos o objectivo pelo qual nos esforçámos tanto. Quando recebemos a notícia que nos deixa um sorriso estampado no rosto. Ou simplesmente quando reunimos ao nosso redor os familiares e amigos que desempenham na nossa vida o papel de trave mestra. Não há como não olhar para trás e recordar com alegria e saudade esses momentos. Penso depois nos dias menos bons. Quando acontece algo inesperado que nos tira do sério. Quando nos zangamos com alguém de quem gostamos por qualquer insignificância da qual já não nos recordamos no dia seguinte. Ou quando chegamos a casa cansados do trabalho e saturados de aturar gente idiota e sem o mínimo de inteligência. São esses dia menos agradáveis, dias sem interesse e de fácil esquecimento que me fazem questionar: Será que em algum momento vou ter saudades de um dia assim? A pergunta só pode ser respondida se olharmos á nossa volta e observarmos a riqueza que nos rodeia, Seja o beijo de uma avó, ou o sorriso de um irmão. Seja o carinho de uma mãe ou o apoio incondicional de um pai. Sejam os braços abertos, da pessoa que nos ama, á nossa espera para nos agarrar e confortar. Seja mesmo até a recepção calorosa do nosso cão quando chegamos a casa, ou o toque gentil do nosso gato quando o aconchegamos no nosso colo. Seja o que for, é algo que está sempre presente, mesmo nos dias menos bons.
Nada do que nos faz felizes é guarantido, e no entanto, qualquer dia mau nos faz esquecer da riqueza que temos e á qual tão pouco valor damos.
Quando se sentarem no sofá a lamentar o péssimo dia que tiveram, olhem em redor e pensem: Será que ainda vou ter saudades de um dia assim?
Nada do que nos faz felizes é guarantido, e no entanto, qualquer dia mau nos faz esquecer da riqueza que temos e á qual tão pouco valor damos.
Quando se sentarem no sofá a lamentar o péssimo dia que tiveram, olhem em redor e pensem: Será que ainda vou ter saudades de um dia assim?